Inegavelmente, a pauta ESG tem ganhado cada vez mais espaço nas relaçõesempresariais contemporâneas, a ponto de ser um elemento decisivo em muitas das contratações atuais.

Mas na prática o que esse acrônimo significa?

ESG faz referência às palavras inglesas environment (meio ambiente), social (social) egovernance (governança). Trata-se de um conceito intimamente relacionado com as boas práticas corporativas, sejam elas relacionadas às questões ambientais, sociais, humanitárias e eticamente corretas.

De maneira concisa, trata-se da ideia de compatibilizar a lucratividade intrínseca ao meio empresarial, com a responsabilidade e comprometimento social que se espera destas empresas.

Essa ideia não fica meramente no campo teórico, porquanto muitos investidores, líderes e conselhos de administração empresariais são diretamente influenciados pela ESG não só no momento de medir o desempenho de sustentabilidade de uma empresa, como também nas tomadas de decisões.

Afinal de contas, cada vez mais pessoas estão dispostas a refletir sobre como o seu consumo impacta o meio ambiente. E mais do que meramente refletir: muitos consumidores estão verdadeiramente dispostos a deixar de contratar empresas que não tenham esse engajamento socioambiental.

A propósito, o Relatório Panorama ESG Brasil 2023 – recentemente divulgado – indica que 82% dos empresários(as) brasileiros(as) acreditam na importância da liderança ativa dos CEOS no que diz respeito à pauta ESG (https://conteudo.amcham.com.br/pesquisapanorama-esg-2023).

Nesse cenário de valorização de empresas socialmente conscientes, as corporações que se consolidarem na pauta ESG certamente terão vantagens sobre seus concorrentes.

E não custa relembrar: a pauta não se limita às questões ambientais, mas também àquelas de cunho eminentemente social. A título exemplificativo, o Grupo Heineken – grande conglomerado holandês – recentemente anunciou a criação de uma Diretoria específica sobre Felicidade (https://exame.com/esg/grupo-heineken-anuncia-diretoria-defelicidade/).

O fato é que o mundo felizmente cambia e, junto dessa mudança, desafios e oportunidades surgem.

Nesse cenário, é possível afirmar que o Professor Leon Megginson nunca esteve tão certo: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.

Gabriel Dario (OAB/SC 60.119)

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